quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Assassin's Creed: Renascença


Ganhei de amigo oculto <3 o livro Assassin's Creed: Renascença e fiquei mega feliz, porque histórias de games são sempre as mais legais e não é sempre que temos uma versão encadernada delas, não é verdade? Enfim, empolgadíssima, comecei a ler, terminei e fiz uma análise.

Mas antes, gostaria de deixar claro dois pontos:

- Analisei o livro como livro. Como se o game não existisse.

- É uma análise leiga e pessoal! Sou apenas uma leitora, levem isso em consideração antes de começar a julgar.



Não gostei.

A história começa bem, mostrando um jovem Ezio ~rebelde~ e cheio de energia. A empatia com o personagem é imediata e cresce a sensação de "Essa história vai ser boa!".

Mas então acontece a tragédia com a família Auditore e a busca de Ezio por vingança, sua descoberta sobre a Ordem dos Assassinos e seu treinamento são tão imediatos e apressados que fica a impressão de ter pulado algumas páginas.

A passagem do tempo é muito ruim. Em algum momento do livro a narração te diz que já se passaram 10 anos e você não sabe como isso aconteceu, porque a história te conduz de um jeito que parecem ter passado apenas alguns meses.

Ás vezes o autor é feliz na descrição de algumas cenas, mas sempre existe um escorregão, seja em expressões pobres e repetidas ou mesmo no desfecho sem graça, o que acaba gerando uma inquietação e desconforto na leitura.

Os personagens tem relações curtas e mal explicadas, suas personalidades são impostas sem nenhum período de adaptação e fica parecendo que eles foram inseridos na história só para sugerir que não existem apenas 3 pessoas no mundo. 

Mas o que mais me incomodou não foram as lutas/assassinatos curtos, os personagens pobres ou a passagem do tempo, senti falta mesmo foi de conhecer mais o personagem principal, Ezio. Fica claro que ele tem que se tornar um adulto responsável para vingar sua família e seguir o credo dos Assassinos, mas o que ele faz nesse meio tempo? O que ele sente? Como ele se relaciona com as pessoas? Ezio chega ao final do livro com quarenta e poucos anos sem sabermos quase nada sobre sua vida. O livro é totalmente focado nele, mostra sua dor em alguns momentos, mostra que ele não pode ser envolver a fundo com as pessoas, mas tirando os momentos de amizade pura com Leonardo, não consigo identificar um ser humano normal em Ézio. Tá, ele não é normal mesmo, e o autor quis mostrar isso, mas me incomodou.

Ressaltando o apelo pessoal dessa análise, destaco minha preferência por livros grandes para histórias grandes. Gosto de detalhes porque acredito que seja um dos melhores métodos para o apego do leitor com a história. É muito bom saber o que os personagens estão pensando, sentindo, e uma descrição rica de uma cena torna possível imaginar o que o autor pretendia. É dessa forma que eu gosto de ser conduzida em uma leitura. Existem também aqueles que gostam de apenas sugestões das características, visando maior liberdade para imaginar o que quiser.

Resumindo, Assassin's Creed: Renascença é um livro rápido e pouco detalhado, mas transmite bem a história geral. Tem 370 páginas e está a venda na maioria das livrarias do país, senão todas, com um preço razoável. Atualmente não sei de nenhuma promoção, porém o Submarino e a Saraiva online sempre fazem descontos, sugiro ficar de olho.

O livro faz parte de uma série, mas o segundo título ainda não foi lançado no Brasil. Talvez quando lançar eu compre, não sou fácil assim de desistir de uma história.


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OBS: Faz muito tempo desde que fiz uma análise escrita de um livro, então desculpem-me se ficou confuso. É realmente difícil falar de algo que passei dias lendo. A diferença para uma análise de filme, que dura 2 horas, é imensa.

o/


Um comentário:

  1. Acho que eles deveriam ter feito a drama em quadrinhos.
    O que não tem de conteúdo teria de arte.

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